segunda-feira, 22 de junho de 2009

SONHO ACORDADO


(...) Entrei no restaurante apressadamente e ávido por devorar uma abastada refeição.
Elegi uma mesa arredada do grande bulício comum nas horas de almoço, pois queria aproveitar os poucos minutos de que dispunha naquele dia atribulado, para almoçar e consertar alguns "bugs" de programação de um sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias que há muito tempo estava a dever a mim mesmo.
- Bom dia, Sr.Alfredo! - saudou-me o empregado de mesa.
- Viva Ricardo.
- Já escolheu o prato para hoje?
- Sim. Pode ser uma feijoada à transmontana.
- E para baber?
- O costume.
Ricardo era um jovem que irradiava alegria e simpatia. Acabara de ser pai e a sua Joaninha era a menina dos seus olhos.
Enquanto abria o meu bloco de notas, assustei-me com uma voz que, suplicante, sussurrou baixinho atrás de mim: (...)

Sonho Acordado - AMÉRICO LISBOA AZEVEDO
Capa - ESPIGA PINTO

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