quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Livro (IN)JUSTIÇAS de GUIDA NUNES













Fotografias: Biblioteca Municipal de Montalegre


Apresentação do Livro (IN)JUSTIÇAS, de GUIDA NUNES,
na Biblioteca da Câmara Municipal de Montalegre,
no passado dia 19 de Outubro.
Momento brilhante e inesquecível, evento ímpar.
Um agradecimento especial à Autora, ao Senhor
Presidente do Município, à Dra Gorete, ao Dr. Barroso
da Fonte, aos fotógrafos e jornalistas do Município,
a todos os presentes.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

GUIDA NUNES



NEM SÓ NO MÉDIO ORIENTE. . .


- Aquele diabo casou a filha com um barrosão. E agora está lá aquele estranho a fazer-nos perder a alma. Eu é que não quero estragar a vida aos meus filhos porque, se não, eles vinham cá da América e acabavam com aquela raça.

Quem assim bem falava era uma respeitável senhora de cinquenta e cinco anos contra um vizinho de vinte e cinco, desavindos por questões de águas de rega. O  seu jovem advogado não aprendera no curso, nem no estágio, que a origem das pessoas também pode alterar os direitos dos prédios.
- Senhor doutor, isto já foi longe demais. Até aqui já tínhamos problemas por causa da água, mas o que aquele bandido fez comigo não tem perdão. E isto não fica assim.
- D. Rita, é preciso ver se há provas de agressão. Como a senhora conta as coisas, não sei . . .
- Provas? Então não vê como eu fiquei?

(IN)JUSTIÇAS
GUIDA NUNES


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

FERNANDO PESSOA






"Eu amo tudo o que foi,
tudo o que já não é.
A dor que já não dói.
O ontem que a dor deixou.
O que deixou alegria,
só porque foi, e voou.
E hoje é já outro dia."

Fernando Pessoa


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

ANTÓNIO TELMO




( . . . )
O desaparecimento de José Marinho e, anos depois, de Álvaro Ribeiro deixou os discípulos  mais ou menos desentendidos uns com os outros. Pelo que me diz respeito, a interpretação da filosofia portuguesa longe do que mais me preocupava tornou-me indiferente ao que os outros diziam ou escreviam. Havia, no entanto, na concepção que alguns faziam da filosofia, um aspecto que, mais tarde, tive de tomar na devida conta: o da valorização do pensamento sobre o sentimento. Com efeito, a valorização do sentimento contra o pensamento, própria das concepções neo-orientalistas, parece exigir que se sacrifique à nossa evolução espiritual aquilo que no homem o distingue, por decreto divino, dos animais e dos anjos.
( . . . )


CONTOS SECRETOS
ANTÓNIO TELMO
Capa e Desenhos de ESPIGA PINTO