quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

BOM ANO NOVO

2010 - BOM ANO NOVO

desenho de ESPIGA PINTO

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS

BOAS FESTAS - FELIZ NATAL . 2009
desenho de ESPIGA PINTO

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

STABAT MATER I I

Um dia deixaste de poisar os olhos sobre os objectos
próximos e demorava-los nos cantos altos e nas junturas
do telhado.
os teus gestos de levar o lenço às pálpebras esvaziavam-se
da consciência do momento em que o xaile negro te caía
de um ombro e ias mergulhar-te na escuridão do quarto.
nas rugas da tua boca desenhava-se para sempre a atitude
de presenciar aquela hora em que se cumpriu a tua solidão.

um dia deixaste de ir e vir da cozinha para o quarto dele
com esse andar pesado e atento de quem conhecia cada tábua
do soalho e a calacava com pressão diferente.

olhavas a figueira do pátio que secara sem explicação.

um dia desceste os quatro degraus da varanda
antiga e foste chorar voltada para a parede branca.

rio de silêncio sem margens sem origem.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - do livro Memória Imperfeita

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

CLÁUDIO LIMA


CLÁUDIO LIMA - A FOZ DAS PALAVRAS - PRÉMIO NACIONAL DE POESIA . 2008. FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALES - Capa de ESPIGA PINTO

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

JOAQUIM DE BARROS FERREIRA


JOAQUIM DE BARROS FERREIRA - MIL VOZES EM CONSERTO - PRÉMIO NACIONAL DE POESIA . FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES . 2009 - Capa de ESPIGA PINTO

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

ANTÓNIO FORTUNA

ANTÓNIO FORTUNA - FRESCOS DA MEMÓRIA - Aguarelas de ABEL FORTUNA

domingo, 20 de dezembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

STABAT MATER

Um dia (talvez um dia só) eu fui menino
era de tarde e havia sol (há sempre sol na
memória de ver-te a cada instante
vigilante aos
prodígios do meu próprio destino)

e eu joguei no Largo à minha idade
aos arcos e aos piões aos
polícias e ladrões e
à pura liberdade

e não voltei ao Largo hoje
resta a árvore bravia que me fiz
o caule que construiu a sua história
mudando a tua memória no
ar que respira e na raiz.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro Memória Imperfeita

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS

BOAS FESTAS - desenho de ESPIGA PINTO

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

CARLOS AURÉLIO


CARLOS AURÉLIO - CONSIDERANDO OS FILÓSOFOS - Capa de ESPIGA PINTO

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Capa de ESPIGA PINTO


ANASTÁSIA MESTRINHO SALGADO - MULHERES PORTUGUESAS (SEC. XV/XVI) NA EUROPA DO SEU TEMPO - Capa de ESPIGA PINTO

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ANTÓNIO TELMO

ANTÓNIO TELMO - CONTOS SECRETOS - Capa de ESPIGA PINTO

domingo, 13 de dezembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

EM NOME DA CLARIDADE

Em nome da claridade da água dos
limos e dos cabelos
entre a casca e o caule entre a
sombra e a areia
deslizam os dedos sobre a pele pétala a
pétala revelada

em nome dos olhos e das rosas
no sangue se dissolve o sal
vestidos de sol os
troncos e as folhas

em nome do primeiro beijo se acende a
cor da relva e
entornam os corpos as
lágrimas e o fogo.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

talvez no instante claro em que o meu corpo no
teu corpo cortava a
ondulação litoral do teu colo este
naufrágio tenha
diluído o teu líquido olhar na espuma e
nas areias

vinha do sul com o motim dos
dedos o fogo que o suor não
apagava em
aroma desfeitos e em
saliva na
nossa pele deslizavam as palavras até ao
voo rouco da
tua respiração tranquila

era o tempo do júbilo da seiva que
subia do meu ao teu olhar sereno quando a
minha boca nos teus seios duros sentia que o
teu púbis cheirava a musgo e feno e sabia a
damascos maduros

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - SER E LER MIGUEL TORGA

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Américo Lisboa Azevedo


AMÉRICO LISBOA AZEVEDO - SONHO ACORDADO - Capa de ESPIGA PINTO

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

JOÃO DE DEUS RODRIGUES


JOÃO DE DEUS RODRIGUES - PASSAGENS E AFECTOS

sábado, 5 de dezembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Do gosto do teu corpo me ficou na boca o
sabor dos frutos por amadurecer
ágeis se dobraram nos dedos os
mil e um segredos
de os colher

do som da tua voz me ficou nos ouvidos uma
breve melodia interrompida pelo
ritmo monótono da vida
imposto ao sobressalto dos sentidos

da imagem do teu rosto me ficou no olhar
a forma perfeita do teu nome
cova na areia onde cabe o mar
inacabado pão da minha fome.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MANUELA MORAIS


MANUELA MORAIS - TRÊS RIOS ABRAÇAM O CORAÇÃO - Capa de ESPIGA PINTO

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

ROCHA DE SOUSA


ROCHA DE SOUSA - A CULPA DE DEUS

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

MARIANA DE BRITO


MARIANA DE BRITO - ALENTEJO DE LONGE - Capa de ESPIGA PINTO

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

JOÃO PINTO VIEIRA DA COSTA


JOÃO PINTO VIEIRA DA COSTA - FLORA DE BRINCADEIRAS

domingo, 29 de novembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

MEMÓRIA DO CORPO

Não há morte na memória do teu corpo

apenas o gesto de mastigar a neve
o cansaço furioso
o bafo cinzento da respiração

gosto do teu corpo
do sal do teu suor
dedos deslizando nos dedos o
gosto da tua saliva

passa o tempo e desfaz-se
derretido na concha da tua boca

mas hoje os teus olhos são barcos ancorados
que não atravessam o rio dos meus versos

e as mãos nas tuas mãos
são só dedos
dispersos.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

sábado, 28 de novembro de 2009

Américo Lisboa Azevedo


APRESENTAÇÃO DO LIVRO

HOJE - 21 horas
BIBLIOTECA MUNICIPAL - MAIA

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ANTÓNIO FORTUNA


ANTÓNIO FORTUNA - DA RUA DOS POETAS - Capa de ESPIGA PINTO

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

JOAQUIM DE BARROS FERREIRA


JOAQUIM DE BARROS FERREIRA - JARDINS SUSPENSOS - Capa de ESPIGA PINTO

terça-feira, 24 de novembro de 2009

CLÁUDIO LIMA

CLÁUDIO LIMA - ITINERARIUM

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ANTÓNIO CABRAL


ANTÓNIO CABRAL - BODAS SELVAGENS

sábado, 21 de novembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

PRÉMIO NACIONAL DE POESIA

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
2007 - ANTÓNIO CABRAL
2008 - CLÁUDIO LIMA
2009 - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
2010 - ANTÓNIO FORTUNA

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - na Mesquita de Córdova

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - SER E LER MIGUEL TORGA

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - MODO DE VIDA

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

O FIM DAS PALAVRAS

Foi num dia concreto como grãos de trigo que
tu chegaste ao fim das palavras e
partiste
eu era os rochedos em que as ondas vinham desfezer-se
tu o barco que navegava na planície azul

alguém havia um dia de dizer como
dois seres inventam o silêncio e o habitam nesse
preciso lugar onde as palavras nada significam e
é inútil falar de amor ou de amargura

nem adeus nos dissemos de nada valeria
no cais de qualquer vida se desprendem os
sentimentos de seus nomes

anónimos e livres seguimos cada
qual por seu caminho até as próprias pedras
palpitavam de medo e de suspeita

alguém havia um dia de dizer como
dois seres se introduzem na pura solidão
cercados de vazias palavras arbitrárias e do
bater pontual do coração.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Capa de ESPIGA PINTO


ANTÓNIO CABRAL - O RIO QUE PERDEU AS MARGENS - Capa de ESPIGA PINTO

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ALÍPIO FERREIRA


ALÍPIO FERREIRA - CHIPANGARA

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Américo Lisboa Azevedo

Era desmedido e fortalecedor o amor que sempre me uniu ao meu tio-avô.
Nos seus cansados e magros braços sentia-me deliciosamente aconchegado e credulamente seguro. Era como se soubesse que, na sua meiga e constante presença, perigo algum me ameaçasse.
A sua terna voz, graciosamente enrouquecida por longas décadas de fumo e por mil fados mal embalados, traía-lhe as lágrimas que, muitas vezes, engolira, em sufocos absorvidos e abafados pelos cavernosos e surdos ruídos de outras tantas medonhas noites que o levaram a adoptar o comprido travesseiro como seu mais digno e fiel confidente, logo após uma viuvez madrugadora. Enviuvara antes ainda de ter cotiado os primeiros lençóis nupciais. Uma moléstia ainda sem baptismo e sem catalogação nos anais da ciência vitimara mortalmente a sua extremosa e desvelada esposa e minha tia-avó materna.
Tudo isto aconteceu em vésperas dos meus pais contraírem matrimónio.
- Coitado do tio Zé! Como se deve sentir sozinho naquela casa grande,- observava a minha mãe.
- Sim, por certo que estará a sofrer atrozmente, - aquiescia o meu pai.
(. . .)
AMÉRICO LISBOA AZEVEDO - CONTIGO APRENDO A CAMINHAR - Capa de ESPIGA PINTO

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ROCHA DE SOUSA

(. . .)
Havia uma funcionária nova, Conceição, que secara aos trinta anos, a boca desdentada, alguns cabelos brancos, a pele amarela, os olhos profundos, a par da maceração sombria que lhe cobria as pálpebras. Servente das serventes, era mal tratada pelo Firmino, que se julgava superior hierárquico dela e encolhia os ombros à fala disciplinadora de Felismina. O Manuel engordara, parecia curvado, mas os olhos pequenos continuavam brilhantes, a suscitar boa disposição. Conseguira arrastar o irmão para a Escola, um homem das arábias, não sei porquê, técnico de formação, fundidor, carpinteiro, electricista, engenheiro de projectores e máquinas afins, belíssimo pedreiro, operário de metais, e assim por diante, conforme o que surgia na acumulação de problemas a precisar de amanho. O falecido Acácio era, com efeito, um autodidacta multifacetado nas competências técnicas, e até artísticas, um caso raro, de bom trato, exemplo extraordinário de certo efeito polivalente projectado pelo emigrante chamado português jeitoso.
BELAS-ARTES E SEGREDOS CONVENTUAIS - ROCHA DE SOUSA

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

dizíamos pedra e era um
sonho da
mais pura convulsão de sangue coroado dizíamos
pedra e
era um fruto no
mais alto dia do verão arrebatado

dizíamos pássaro e
eram os teus dedos na
minha mão cravados pássaro
dizíamos e
era o instante dos
teus olhos imóveis anunciados

que sombra projectam na realidade as
palavras que as coisas modificam da
evidência à verdade vai
o abismo dos
nomes que as indicam

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Américo Lisboa Azevedo


AMÉRICO LISBOA AZEVEDO - CONTIGO APRENDO A CAMINHAR - Capa de ESPIGA PINTO.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Capa de ESPIGA PINTO


GUIDA NUNES - EUROPA ESCONDIDA - Capa de ESPIGA PINTO

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

vê só os
nardos secaram e há
pouco choveu no
tenebroso mar se separaram os
nossos barcos e
havia luar anoitecia quando
partimos e
havia sol

levou o vento norte para as dunas os
aromas dos nardos dos lírios e
dos ciprestes sílaba por
sílaba o
teu nome

acenderam-se as luzes da cidade um
comboio parte para
sempre de um cais de pedra e água verde e
eu regresso

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

JOAQUIM DE BARROS FERREIRA

CAMPOS DE SOL

Chega-se e logo se entra
na terra vazada de confissões,
como quando se abre um grade livro.
Assim são estes campos de sol
desde o tempo dos tempos
por onde Ariadne alonga
seus extensos cabelos:
teias de vinhas verdes, verdes
e sol às tranças.

Onde quer que se esteja,
retido nas margens
ou deslizando solto no rio,
o canto de Circe ressoa
dia e noite,
cativando o sentido,
adormecendo a memória.

JARDINS SUSPENSOS - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

JOAQUIM DE BARROS FERREIRA

O SER DA TERRA E DA LÍNGUA - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA

terça-feira, 27 de outubro de 2009

ROCHA DE SOUSA

BELAS - ARTES E SEGREDOS CONVENTUAIS - ROCHA DE SOUSA

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

ROCHA DE SOUSA


A CULPA DE DEUS - ROCHA DE SOUSA

sábado, 24 de outubro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

(. . .)
Simplesmente, porque a libertação foi "universal" mas não plural, porque a liberdade não consiste num número infinito de possibilidades mas apenas numa, essa individualização, paradoxalmente, custou-lhe o preço da liberdade e da própria vida. Porque, desde o momento em que partiu, desde o momento em que se auto-afirmou e individualizou, Vicente entrou num destino sem mais opções e alternâncias, sem outro contéudo e sentido que o da liberdade absurda, sem outro desfecho que o da morte soberana. Assim, o corvo, Vicente de nome próprio, por via de regra de todos os dogmas teológicos de todas as religiões (que crucificaram os seus próprios redentores) - terá de morrer afogado. Os sumérios Enkidu e Gilgamesh morreram. Antígona morreu. Sísifo desce e sobe a sua montanha absurdamente.
A não ser que Deus, desencantado por ver-se confrontado na sua soberania por uma criatura que ele próprio não reconhece como autónoma, deixe de tirar prazer desse facto e acabe por admitir que o seu poder, afinal de contas negativo, entrou num beco sem saída. (. . .)
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - SER E LER MIGUEL TORGA

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

CLÁUDIO LIMA

com um pouco de sol
animo a estática
estátua
da beleza

com um pouco de pasmo
plasmo o perfil
ágil e equívoco
do poema

com um pouco de mim
modelo um livro
difícil e polémico
- um apócrifo

e lavo as mãos

ganhei o dia
a disciplinar o verde
das searas

com um pouco de serenidade
aspiro a morte
na líquida evidência
dos espelhos

e morro em tronco nu
antes de o anjo chegar

CLÁUDIO LIMA - ITINERARIUM

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CLÁUDIO LIMA

ITINERARIUM - CLÁUDIO LIMA

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

CARLOS AURÉLIO

CARLOS AURÉLIO - CONSIDERANDO OS FILÓSOFOS - capa de ESPIGA PINTO.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CARLOS AURÉLIO

SAUDADE

A alma de Portugal é feita de Saudade e, a Saudade, alimenta-se de uma luz imorredoira e infinita de algo que já existiu e que não sabemos definir com exactidão. Sentimos uma Presença de ordem metafísica que nos acompanha há oito séculos ou, no plano individual, a nostalgia da infância que mora fundo em cada um de nós.
Nenhuma revolução política, nenhum acréscimo de desenvolvimento económico, resolve o sentimento de ausência e de exílio que os portugueses experimentam no seu próprio país. Falta sempre qualquer coisa de decisivo. Permanecemos vivos porque a Saudade não morre.
CONSIDERANDO OS FILÓSOFOS - CARLOS AURÉLIO

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - SER TORGA

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

MARIANA DE BRITO


MARIANA DE BRITO - ALENTEJO DE LONGE - capa de ESPIGA PINTO -120 pag. 15 €.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

JOÃO PINTO VIEIRA DA COSTA


JOÃO PINTO VIEIRA DA COSTA - FLORA DE BRINCADEIRAS - 17 €.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

JOÃO DE DEUS RODRIGUES


HISTÓRIAS MARAVILHOSAS DA TERRA QUENTE - JOÃO DE DEUS RODRIGUES, 348 páginas, 20 €.

sábado, 10 de outubro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Hoje é o quarto dia de viagem. Está um belo dia azul e é domingo. O sol faz brilhar os canos brancos das corrediças deste navio que transporta para a guerra mais de mil e quinhentos homens. Mas não se fala de guerra. No bar, ao balcão e nos sofás, pequenos grupos de jovens oficiais milicianos conversam e bebem. Centenas de rapazes, mobilizados de todos os regimentos, podem agora reencontrar-se após a separação que sucedeu aos primeiros tempos de incorporação.
- Um poker para o Martini?, disse o Vasco.
Jogamos sem vontade.
- Dois Martinis, disse eu para o empregado do bar.
- É demasiado cedo para beber, disse o Vasco.
Ficámos ambos de rosto voltado para o rasto de espuma que o navio deixava através das águas e eu pensei como seria agradável ir lá fora respirar o ar puro.
(. . .)
ASSINALADOS - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

ficou um poema no teu rosto a
mão cheia de amoras amêndoas e
morangos no teu colo dobrado cinco
pétalas de malmequer no chão cinco
dedos da mão cinco
sílabas do poema inacabado

veste a memória de luz os
nossos corpos nus e na
água nocturna do teu nome dilui o
desejo a cor do lume

ficou um poema no teu rosto que
eu não lerei mais não
voltará a roseira do
teu corpo a dar
rosas iguais

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - ANTOLOGIA POÉTICA

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
2007 - ANTÓNIO CABRAL
2008 - CLÁUDIO LIMA
2009 - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
2010 - ANTÓNIO FORTUNA

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Sidónia tinha, portanto, atrás de si um passado sepultado num profundo esquecimento legendário. E a arca dessa herança mítica submersa, que da casa do Prior passara para o convento, era guardada como o norte e único vínculo imaginável da sua solidão.
Sidónia é hoje um burgo antigo coroado de moinhos de vento e de terraços caiados, que todos os dias amanhece enterrado no nevoeiro. Os proprietários das imensas faldas circundantes, vestidas de vinhedos e olivais, vivem na cidade; os caseiros e os desempregados, os velhos e as mulheres doentes entregam-se ao tempo, pendurados nas varandas, de pensamento em pensamento, a jogar e a beber aguardente. Sidónia está situada no fundo de um vale, voltada a nascente, sob um promontório empinado de fraguedos despedaçados.
(. . .)
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - ASSINALADOS

sábado, 26 de setembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES na FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES e CLARA ROCHA (filha de Miguel Torga).
Apresentação do livro SER E LER MIGUEL TORGA - Lisboa - 1987.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Capa de ESPIGA PINTO


ROSA IN FLUMINA - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA

sábado, 19 de setembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


SETE MEDITAÇÕES SOBRE MIGUEL TORGA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - JÚBILO DA SEIVA.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Capa de ESPIGA PINTO


FRANCISCO MARTINS - DONAS BOTO PORTUGUÊS POETA PRIMEIRO IDEÓLOGO MODERNO DA UNIÃO EUROPEIA.

sábado, 12 de setembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - SER E LER MIGUEL TORGA - 308 Páginas - 20€.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ROCHA DE SOUSA


ROCHA DE SOUSA - BELAS-ARTES E SEGREDOS CONVENTUAIS - 344 Paginas- 20€.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ROCHA DE SOUSA


ROCHA DE SOUSA - A CULPA DE DEUS para um ensaio sobre o livre arbítrio. 360 páginas. 20€.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

hoje nada te prometo

neste poema concreto vai
apenas um beijo o
desejo de
contigo correr entre os silvedos
colher amoras contar
com os dedos pelos
grãos de areia os anos a que faltam horas

horas guardadas nestas
conchas dobradas flores das
areias que
tens nas mãos cheias
fechadas

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


Cláudio Lima e Fernão de Magalhães Gonçalves, em Luanda, em 1969.
Amigos desde os dez anos de idade.
Fernão de Magalhães Gonçalves considerava Cláudio Lima como um Irmão. Era o Irmão que nunca teve. Partilhava com ele a amizade fraterna e as inquietações intelectuais. Só "almas superiores" elevam a esse nível a universalidade e a indestrutibilidade desses laços sagrados. Fernão e Cláudio eram, sem dúvida, Seres pensadores, com luminosidade absoluta, estrelas de primeira grandeza (inteligentes, trabalhadores, brilhantes . . .).
Fotografia de Cláudio Lima.
Legenda de Manuela Morais.

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


RAÚL SOLNADO e FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Lisboa.
Fotografia de Manuela Morais.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


Homenagem a FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES. Salão Nobre do Município de Chaves.
António Roque, António Cabral, Manuela Morais, Alexandre Chaves (Presidente da Câmara), Mário Carneiro, Júlio Montalvão Machado e Pedro Verdelho.

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


Rua, em Chaves, com o nome de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Presidente da Câmara Municipal de Chaves.