sexta-feira, 5 de junho de 2009

JARDINS SUSPENSOS


O JARDIM DOS CIPRESTES

De verde fogo, de verde ramo
como quem canta e ri,
às vezes ao calor das horas,
que na flor do lírio roxo
nem sempre vive.

Na praça da torre de granito e branca
a paz de pomba levita,
como verbo viagenzita.

No meu ouvido
gorjeia ainda voz delida
e no jardim defronte
canta a vida,
embora delicada e frágil,
como sempre fora,
como terno o amor
e sofrido embora.

Joaquim de Barros Ferreira . Prémio Nacional de Poesia . Fernão de Magalhães Gonçalves, em 2009
Jardins Suspensos - capa de Espiga Pinto

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