sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
2007 - ANTÓNIO CABRAL
2008 - CLÁUDIO LIMA
2009 - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
2010 - ANTÓNIO FORTUNA
segunda-feira, 19 de abril de 2010
CLÁUDIO LIMA
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
O Salão Nobre da Câmara Municipal de Ponte de Lima foi pequeno para tantas emoções!
CLÁUDIO LIMA e Eng. Vítor Mendes (Presidente do Município) no abraço fraterno de
um acto cultural pleno de lembranças. . .
Foto: Amândio Vieira
CLÁUDIO LIMA
entregou ao Poeta CLÁUDIO LIMA o PRÉMIO NACIONAL DE POESIA
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES.
As palavras mostraram o grande apreço pelas capacidades intelectuais do laureado.
Foto: Amândio Vieira
CLÁUDIO LIMA
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES.
Cláudio Lima ( em pé), Eng. Vítor Mendes (Presidente da Câmara Municipal de
Ponte de Lima), Directora da Editora Tartaruga ( promotora do Prémio),
Dr. Franklim de Sousa (Vereador da Cultura).
Foto: Amândio Vieira
quarta-feira, 14 de abril de 2010
CLÁUDIO LIMA
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
dia 16 (sexta), às 17 h
Salão Nobre
CÂMARA MUNICIPAL - PONTE DE LIMA
CLÁUDIO LIMA
POEMA SÓ A TI
não havia gaivotas nem navios
a marginar a solidão do mar
não havia sustos nem presságios
na fuga diluída dos cardumes
não havia nada a dividir a imagem
límpida e real
do teu deslizar sobre a areia branca
não havia nada
e por isso
foi sobre o sulco leve dos teus passos
que eu teci e desfiz
a renda salgada do poema
Poema de CLÁUDIO LIMA - Livro A FOZ DAS PALAVRAS
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Capa de ESPIGA Pinto
não havia gaivotas nem navios
a marginar a solidão do mar
não havia sustos nem presságios
na fuga diluída dos cardumes
não havia nada a dividir a imagem
límpida e real
do teu deslizar sobre a areia branca
não havia nada
e por isso
foi sobre o sulco leve dos teus passos
que eu teci e desfiz
a renda salgada do poema
Poema de CLÁUDIO LIMA - Livro A FOZ DAS PALAVRAS
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Capa de ESPIGA Pinto
CLÁUDIO LIMA
DE AMOR / 1
não contes nem descontes
o amor que não encontres
caminha e adivinha
aquilo que convinha
para que o amor não fosse só correr
em busca de um mito por nascer
(seria preciso negar ao coração
a loucura rubra da paixão
e encontrar a sepultura
no primeiro passo da procura)
Poema de CLÁUDIO LIMA - Livro A FOZ DAS PALAVRAS
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Capa - ESPIGA Pinto
não contes nem descontes
o amor que não encontres
caminha e adivinha
aquilo que convinha
para que o amor não fosse só correr
em busca de um mito por nascer
(seria preciso negar ao coração
a loucura rubra da paixão
e encontrar a sepultura
no primeiro passo da procura)
Poema de CLÁUDIO LIMA - Livro A FOZ DAS PALAVRAS
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Capa - ESPIGA Pinto
CLÁUDIO LIMA
POR DIZER O NOME
por dizer o nome e profanar o verbo
por invocar o amor sob sagrado
por roubar o fruto reservado
por dizer o nome e acordar a forma
por invadir o silêncio com um sabre
por violar a inocência do orgasmo
por dizer o nome e abusar da boca
por tomar as mãos como dois símbolos
por perfilar os desejos dois a dois
por dizer o nome e atear o fogo
eu senhor-homem morro lentamente
Poema de CLÁUDIO LIMA - Livro A FOZ DAS PALAVRAS
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Capa - ESPIGA Pinto
por dizer o nome e profanar o verbo
por invocar o amor sob sagrado
por roubar o fruto reservado
por dizer o nome e acordar a forma
por invadir o silêncio com um sabre
por violar a inocência do orgasmo
por dizer o nome e abusar da boca
por tomar as mãos como dois símbolos
por perfilar os desejos dois a dois
por dizer o nome e atear o fogo
eu senhor-homem morro lentamente
Poema de CLÁUDIO LIMA - Livro A FOZ DAS PALAVRAS
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Capa - ESPIGA Pinto
CLÁUDIO LIMA
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
CALLE SAN JUAN DE DIÓS
Quem te trouxe um dia do Alentejo da
saudade da planície sob o luar até às
muralhas de Granada
quem pôs um tal caminho nos teus pés de
aventureiro português
os pobres e os doentes não existem nos
anais da história mas
eles são o esquecimento a que se prendem as
raízes do amor e da memória
pede-se hoje nesta rua um "par de duros"
para um "parado" com fome
para um velho enlouquecido
para um menino sem nome
e quando a indiferença dos que passam
se muda em desespero num pedinte
no seu rosto raia a esperança de que
tu voltes e sejas o seguinte.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro MEMÓRIA IMPERFEITA
Quem te trouxe um dia do Alentejo da
saudade da planície sob o luar até às
muralhas de Granada
quem pôs um tal caminho nos teus pés de
aventureiro português
os pobres e os doentes não existem nos
anais da história mas
eles são o esquecimento a que se prendem as
raízes do amor e da memória
pede-se hoje nesta rua um "par de duros"
para um "parado" com fome
para um velho enlouquecido
para um menino sem nome
e quando a indiferença dos que passam
se muda em desespero num pedinte
no seu rosto raia a esperança de que
tu voltes e sejas o seguinte.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro MEMÓRIA IMPERFEITA
terça-feira, 13 de abril de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
LOST LOVE
nome no musgo do muro na
casca do carvalho sete letras invertidas
no espelho
sete vezes sete vidas jogadas e
divididas
sete cartas tiradas do baralho
nome da cor do ar em
certas horas de o olhar
com a raiva aguçada das
esporas
nome feito à unha numa
tábua da cama
com um cristo na cruz por testemunha
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO
nome no musgo do muro na
casca do carvalho sete letras invertidas
no espelho
sete vezes sete vidas jogadas e
divididas
sete cartas tiradas do baralho
nome da cor do ar em
certas horas de o olhar
com a raiva aguçada das
esporas
nome feito à unha numa
tábua da cama
com um cristo na cruz por testemunha
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO
domingo, 11 de abril de 2010
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
FLOR DE AZAHAR
no meio da tarde através dos
olhos arde o
teu corpo sobre a
relva verde
falemos agora de um amor que nenhuma palavra
limita ou perde
apenas o suor a
saliva o sémen e um
aroma de flor
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
no meio da tarde através dos
olhos arde o
teu corpo sobre a
relva verde
falemos agora de um amor que nenhuma palavra
limita ou perde
apenas o suor a
saliva o sémen e um
aroma de flor
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro JÚBILO DA SEIVA
sexta-feira, 2 de abril de 2010
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