terça-feira, 29 de julho de 2014

JOSÉ RODRIGUES DIAS







SÁBIO




Aqui chegado,
Sábio deves ser,
Sábio tens que ser,
Que são muitas as batalhas
E as batalhas deixam muito saber,
Também muito sofrer,
Que é amargo, bem amargo
O sabor de certo saber.




JOSÉ RODRIGUES DIAS


BRAÇOS ABRAÇADOS


Capa - ESPIGA



terça-feira, 22 de julho de 2014

MARIANA DE BRITO






AS MEIAS



Os dias sucediam-se naquela modorrice de Verão, sem que nada de especial acontecesse. E os temas das conversas de um grupo de homens que estavam sentados nos bancos do Rossio, daquela vila, surgiam segundo a vontade dos intervenientes, apesar de alguns deles serem constantes:
- Este ano vai haver uma boa pancada de pão. . . ó lá se vai. . . E os favais, apesar das geadas, este ano foram um regalo. . . agora, com este calor, o pior são os fogos, lembram-se do ano passado? Nunca houve uma desgraça assim! . . .
Outro tema favorito era constituído pelas estórias incríveis que os bois do Chico Vilela provocaram, desde as mais trágicas, para quem ficasse estropiado para o resto da vida, por ter levado umas cornadas, até às mais hilariantes, que nem pareciam deste mundo!
(. . .)


MARIANA DE BRITO

ALENTEJO DE LONGE

Capa de ESPIGA


quarta-feira, 16 de julho de 2014

TARTARUGA Editora








TARTARUGA Editora

Divulga, promove e enobrece
a língua e a cultura portuguesas.



sexta-feira, 11 de julho de 2014

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES









Um dia saberemos meu amor quando
os elos do tempo já quebrados
como nas linhas das mãos os nossos dias
eram fios cruzados


águas desiguais no mesmo leito
de um rio
a mesma cor as unia
e um barco que nunca partiu
ancorado no meio
as dividia


um dia saberemos meu amor que
nestas palavras escritas
se muda para sempre a
minha boca
das que nunca foram ditas.




Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


Livro MEMÓRIA IMPERFEITA



terça-feira, 8 de julho de 2014

ANTÓNIO FORTUNA





(. . .)
Chegados a este ponto, convém clarificar que escrevo, caso algum sentido tenha. É claro que este livro nada tem a ver com a sublime obra de José Saramago, "O ano da morte de Ricardo Reis". Poderá haver pequenas similitudes em relação ao enredo, mas nada em relação ao conteúdo. Saramago trouxe Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, do Brasil para Lisboa, local de onde Pessoa raramente saía. Apesar de Reis ser solteiro, deixou-se comandar pela sua condição humana, aconchegando-se à camareira do hotel onde se hospedou e, mesmo após ter ido viver para local privilegiado de onde vislumbrava a cidade, sobretudo o jardim onde os idosos passavam os dias, continuou a dividir cobertores com ela.
(. . .)

O SÉTIMO SENTIDO

ANTÓNIO FORTUNA

Capa de ESPIGA


quinta-feira, 3 de julho de 2014

PEDRO SINDE





(. . .)
Estes textos giram em torno de alguns dos nossos poetas e filósofos mais importantes, mas que o título não se preste ao equívoco: "sete sábios portugueses" e não "os sete sábios portugueses"; nem sequer por se poder pensar que os autores aqui aludidos sejam mais do que outros não referenciados, como é o caso de Dalila Pereira da Costa, sobre quem escrevo presentemente um breve opúsculo, em torno da sua experiência mística.

Antes de passar ao conteúdo do livro, gostaria de deixar uma nota sobre o contexto em que ele vem a situar-se: a escola da filosofia portuguesa.
(. . .)


SETE SÁBIOS PORTUGUESES

PEDRO SINDE

Capa de ESPIGA


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Pensamento









"A força motriz mais poderosa que o vapor,

a electricidade e a energia atómica, - é a vontade".


Albert Einstein