quarta-feira, 3 de junho de 2009

O SENHOR DA TERRA QUENTE



O SENHOR DA TERRA QUENTE




Viva o Cardeal D. Henrique


No Inferno muitos anos


Que nos deixou Portugal


Entregue aos Castelhanos




(quadra popular)




Um frio matinal, vindo de Espanha, fustigava a Terra Quente. Manuel alimentava os animais, fortalecendo-os para as tarefas do dia que rompia negro como a alma das gentes do Pópulo. O nevoeiro cerrado escondia a esperança de encontrar um rumo e contrariar a orfandade em que se encontravam. Aquele não era como o nevoeiro do Tejo, trazido por alguma corrente quente do norte de África.

Manuel e o filho, Luiz, apresentaram-se com os bois, como de costume, à portada do Conde para ganhar a jeira. (...)


O Senhor da Terra Quente e Outros Contos, de ANTÓNIO FORTUNA
Capa - ESPIGA PINTO

António Fortuna venceu o Prémio Nacional de Poesia - Fernão de Magalhães Gonçalves




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