quinta-feira, 29 de outubro de 2009

JOAQUIM DE BARROS FERREIRA

CAMPOS DE SOL

Chega-se e logo se entra
na terra vazada de confissões,
como quando se abre um grade livro.
Assim são estes campos de sol
desde o tempo dos tempos
por onde Ariadne alonga
seus extensos cabelos:
teias de vinhas verdes, verdes
e sol às tranças.

Onde quer que se esteja,
retido nas margens
ou deslizando solto no rio,
o canto de Circe ressoa
dia e noite,
cativando o sentido,
adormecendo a memória.

JARDINS SUSPENSOS - JOAQUIM DE BARROS FERREIRA

Sem comentários:

Enviar um comentário