segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

BOAS FESTAS

BOAS  FESTAS
VOTOS DE SAÚDE, PAZ E FELICIDADE.
Desenho de ESPIGA Pinto

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O RIO QUE PERDEU AS MARGENS

ANTÓNIO CABRAL
O RIO QUE PERDEU AS MARGENS
Capa e 3 desenhos de ESPIGA PINTO

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SER E LER MIGUEL TORGA

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
SER E LER MIGUEL TORGA

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

SER TORGA

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
SER TORGA

terça-feira, 13 de novembro de 2012

TRÊS RIOS ABRAÇAM O CORAÇÃO

MANUELA MORAIS
TRÊS RIOS ABRAÇAM O CORAÇÃO
Capa de ESPIGA PINTO

sábado, 20 de outubro de 2012

ESPIGA Pinto

 
 
20 de Outubro de 2012
O Município de Vila Viçosa atribuíu a
 MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL
ao Pintor / Escultor ESPIGA Pinto.
 
A cerimónia decorreu no Salão Nobre dos
Paços do Concelho.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ESPIGA Pinto

ESPIGA Pinto
50 Anos - ARTES.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

FLORBELA ESPANCA

CONCEPCIÓN DELGADO CORRAL
FLORBELA ESPANCA
ASA NO AR ERVA NO CHÃO
Capa e 10 desenhos de ESPIGA PINTO

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

E do ponto mais alto do teu corpo se
vêem as neves permanentes e o mundo circular
e no fundo do teu ventre há um
rio furioso por entrar

no meu corpo te crucifico em corpo inteiro
abro as chagas do lado ponho a esponja do fel
lentamente canta caindo o sangue e
dizemos que a esponja sabe a mel

demoro nos teus seios a
avidez dos frutos sazonados
sigo o rumo das dunas dos teus ombros
os olhos nos teus olhos misturados

pátria do meu ventre e dos meus braços por
ti viajarei até ao mar não
tem regresso o caminho do teu corpo não
há segunda vez para te amar.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O SER DA TERRA E DA LÍNGUA

JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
O SER DA TERRA E DA LÍNGUA
(Poesia)

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ALENTEJO DE LONGE

MARIANA DE BRITO
ALENTEJO DE LONGE
(Contos)
Capa de ESPIGA PINTO

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

MODO DE VIDA

Autor - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Título - MODO DE VIDA
(Contos)
Capa e fotografia de JOU - MURÇA - MANUELA MORAIS

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

DA RUA DOS POETAS

Autor - ANTÓNIO FORTUNA
Título - DA RUA DOS POETAS
Capa - ESPIGA PINTO

sábado, 29 de setembro de 2012

A ASA PARTIDA

Autor - CONCEIÇÃO ROSA
Título - A ASA PARTIDA
Capa - CARLOS AURÉLIO

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

BRAÇOS ABRAÇADOS

JOSÉ RODRIGUES DIAS
Livro - BRAÇOS ABRAÇADOS
Capa - ESPIGA PINTO

sábado, 22 de setembro de 2012

ANTÓNIO CABRAL

ANTÓNIO CABRAL
A TENTAÇÃO DE SANTO ANTÃO
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Capa de ESPIGA PINTO

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

CARLOS AURÉLIO

CARLOS AURÉLIO
CONSIDERANDO OS FILÓSOFOS
Capa de ESPIGA PINTO

sábado, 15 de setembro de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

REQUIEM PELO VASCO

Entre a vida e a morte há uma membrana
transparente de
inamovível e clara fixidez
e parece sempre que nos mente o
destino que não consente
ultrapassá-la mais do que uma vez

os de coração puro insaciado que
como está escrito verão a
Deus mais cedo os
que em cada pecado precederam
o aviso e o grito da
solidão e do medo
os que na noite da angústia por nós viveram
toda a alegria que se pode ter
os que provaram que
mais vale a vida que os deuses que a criaram são
esses os que a morte prefere

e os teus filhinhos a cantar dizem
que adormeceste mal
chegaste e
que é preciso não te despertar.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

ANTÓNIO FORTUNA

ANTÓNIO FORTUNA
A CHAVE DO DEGREDO
Capa e Desenhos de ESPIGA PINTO

terça-feira, 11 de setembro de 2012

JOÃO DE DEUS RODRIGUES

JOÃO DE DEUS RODRIGUES
HISTÓRIAS MARAVILHOSAS DA TERRA QUENTE
Prefácio de PEDRO TEIXEIRA DA MOTA
Capa de ESPIGA PINTO

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

AMÉRICO LISBOA AZEVEDO

AMÉRICO LISBOA AZEVEDO
SONHO ACORDADO
Capa de ESPIGA PINTO

sábado, 8 de setembro de 2012

VÍTOR OLIVEIRA JORGE

VÍTOR OLIVEIRA JORGE
LIVRO DE HORAS ILUMINADO OBLIQUAMENTE
Capa e 25 desenhos de ESPIGA PINTO

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

DIANA ADAMEK

DIANA ADAMEK
VASCO DA GAMA NAVEGA
Tradução de TANTY UNGUREANU
Capa de ESPIGA PINTO

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

ANTÓNIO CABRAL

ANTÓNIO CABRAL
O RIO QUE PERDEU AS MARGENS
Capa e Desenhos de ESPIGA PINTO

sábado, 1 de setembro de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Do gosto do teu corpo me ficou na boca o
sabor dos frutos por amadurecer
ágeis se dobraram nos dedos os
mil e um segredos
de os colher

do som da tua voz me ficou nos ouvidos uma
breve melodia interrompida pelo
ritmo monótono da vida
imposto ao sobressalto dos sentidos

da imagem do teu rosto me ficou no olhar
a forma perfeita do teu nome
cova na areia onde cabe o mar
inacabado pão da minha fome.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

terça-feira, 28 de agosto de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

LUAR DE AGOSTO

Hoje é a noite da conjunção das nossas vidas
um fio de luar que a noite não dilui.

que certeza amadurece nos frutos de Agosto a
oculta promessa que sustenta a
memória da tua boca

tudo o vento levou menos
as palavras que fizeram parar o sol e se
juntaram quando os
teus olhos rendidos se fecharam.

foi sem dúvida esta a noite que levou a
luz daquela madrugada.
guardou-a este luar que
projecta claramente no meu rosto a
tua sombra parada.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
JÚBILO DA SEIVA (Poesia)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
ANDAMENTO (Poesia)
Capa - NADIR AFONSO

terça-feira, 21 de agosto de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
MEMÓRIA IMPERFEITA (POESIA)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

É um poema de amor o
poema da nossa despedida é
um poema de dor do
fim de uma aventura acontecida

por ti lutei a luta dos amantes que
não sabem perder e
agora conto os instantes que
restam para te dizer que
sem voltar não
poderei morrer e
aparto assim do teu o meu olhar

que flor na minha ausência
deixará de nascer na primavera e
que pássaro vindo da distância com
esta mesma ânsia se
mudará em pedra à minha espera.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - MEMÓRIA IMPERFEITA

terça-feira, 7 de agosto de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
SER TORGA

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
SER E LER MIGUEL TORGA

terça-feira, 24 de julho de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

PRÉMIO NACIONAL DE POESIA
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

ROCHA DE SOUSA

ROCHA DE SOUSA
BELAS - ARTES E SEGREDOS CONVENTUAIS

terça-feira, 17 de julho de 2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

JOAQUIM DE BARROS FERREIRA

JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
JARDINS SUSPENSOS
Capa de ESPIGA PINTO

segunda-feira, 9 de julho de 2012

JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS

"Os insultos dizem muito pouco sobre quem é insultado,
  mas dizem muito sobre quem insulta".

José Rodrigues dos Santos

sábado, 30 de junho de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Um dia saberemos meu amor quando
os elos do tempo já quebrados
como nas linhas das mãos os nossos dias
eram fios cruzados

águas desiguais no mesmo leito
de um rio
a mesma cor as unia
e um barco que nunca partiu
ancorado no meio
as dividia

um dia saberemos meu amor que
nestas palavras escritas
se muda para sempre a
minha boca
das que nunca foram ditas.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - MEMÓRIA IMPERFEITA

sexta-feira, 29 de junho de 2012

SÃO PEDRO

Desejos de um
magnífico
SÃO PEDRO

segunda-feira, 25 de junho de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

O FIM DAS PALAVRAS

Foi num dia concreto como grãos de trigo que
tu chegaste ao fim das palavras e
partiste
eu era os rochedos em que as ondas vinham desfazer-se
tu o barco que navegava na planície azul

alguém havia um dia de dizer como
dois seres inventam o silêncio e o habitam nesse
preciso lugar onde as palavras nada significam e
é inútil falar de amor ou de amargura

nem adeus nos dissemos de nada valeria
no cais de qualquer vida se desprendem os
sentimentos de seus nomes

anónimos e livres seguimos cada
qual por seu caminho até as próprias pedras
palpitavam de medo e de suspeita

alguém havia um dia de dizer como
dois seres se introduzem na pura solidão
cercados de vazias palavras arbitrárias e do
bater pontual do coração.

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - MEMÓRIA IMPERFEITA

domingo, 24 de junho de 2012

SÃO JOÃO

Votos de bom
SÃO JOÃO

sexta-feira, 22 de junho de 2012

MANUELA MORAIS

MANUELA MORAIS
Livro - TRÊS RIOS ABRAÇAM O CORAÇÃO
Capa - ESPIGA PINTO

quarta-feira, 20 de junho de 2012

TRÊS RIOS ABRAÇAM O CORAÇÃO

CAMILO GRAVADO A OURO

(. . .)
Camilo Castelo Branco viveu 65 anos e legou-nos muitas dezenas de livros.
Criador invulgar, viveu, meditou, amou e escreveu com uma intensidade desmedida. Haverá destino mais deslumbrante do que o deste homem de excepção, influenciado pela experiência da sua existência, legando-nos uma Obra fascinante com uma dimensão profundamente encantatória?
Nasceu a 16 de Março de 1825, em Lisboa. Imaginativo e intuitivo com uma natureza sensível, volúvel e instável. (. . .)
Vila Real, em Trás-os-Montes, recebe esta criança predestinada e precoce, contava então 10 anos de idade, ficando aos cuidados de uma tia. Aí, na Região Demarcada do Douro, sendo a mais antiga região vitícola demarcada e regulamentada do mundo, o jovem andarilho cresce, estuda e escreve. (. . .) Seguidamente, passa a viver em casa de sua irmã mais velha, em Vilarinho de Samardã. Aqui a natureza é deslumbrante e austera, propiciando a este observador exímio a sua excepcional e invulgar capacidade de transferir para o papel o seu interesse precocemente manifestado, repleto de imaginação e pormenor, sem perder o essencial, dando-lhe uma dimensão inesperada, inexplicável, mágica e misteriosa.
Mais tarde, vai para casa de outro parente, em Friúme, em Ribeira de Pena.
Continua aí os seus estudos, a sua escrita e os seus amores. (. . .)
A Vida e a Obra de Camilo têm uma dimensão inumerável. Como explicar a origem e significado dos sentimentos, equilíbrios e contradições, desobedecendo à lógica esclarecedora, ao princípio da diferenciação? (. . .)
São Miguel de Seide foi o seu último destino. Viveu aí vários anos e no dia 1 de Junho de 1890 suicidou-se com um tiro certeiro.
A sua cadeira de baloiço continua lá, imóvel, a atestar a eternidade deste gigante das nossas letras.

MANUELA MORAIS
Livro - TRÊS RIOS ABRAÇAM O CORAÇÃO
Capa - ESPIGA PINTO

quinta-feira, 14 de junho de 2012

TRÊS RIOS ABRAÇAM O CORAÇÃO

ESPIGA E INÊS DE CASTRO

Ainda era menino quando chegou à pintura. Homem determinado e invulgar, pinta como quem beija. Entrega-se total e perdidamente.
Do Alentejo, onde nasceu, revelador de uma intuição e sensibilidade apuradíssimas, vem afirmando a solidez e singularidade de um percurso que começa e termina na busca e apreensão dos possíveis sentidos da existência.
Memórias de Inês é uma belíssima temática que fixa as trágicas vicissitudes de uma das mais belas e comoventes histórias de amor da Idade Média, aqui contada (cantada) por este ilustre Pintor com rigorosa fidelidade à sua memória e grandeza, dando-nos, assim, a exacta dimensão cultural e humana da histórica-lendária personagem. (. . .)
O amor, símbolo de continuidade e regeneração, adquire nesta sequência pictórica o seu verdadeiro significado, ou não fosse ele o mais profundo e distintivo elan da humanidade. Aqui, se sente a sua pulsação, em perpétuo movimento regenerador e em variações cromáticas sintonizadas, numa articulação harmoniosa e contínua entre a Terra e o Universo. (. . .)
Estamos perante mais uma obra-prima de um dos mais geniais (não tenhamos medo das palavras) Mestres da pintura portuguesa contemporânea. A espantosa força lírica e formal da sua pintura exponencia um potencial absoluto de ritmo, cor, rigor, encantamento; de atractivo e fascínio.
A pintura é para ser fruída, para partilhar a criatividade, esse genesíaco exercício de interioridade, tendo por instrumentos as fibras da sensibilidade e a espora mágica da memória, instrumentos que, pela mão presdestinada do artista, reanimam a figura grácil e desventurada daquela que, no dizer do poeta, depois de morta foi rainha.
Espiga fascina-nos com toda esta sublime grandeza: o mito, a obsessão de Inês nos sonhos de Pedro, o brazão, o ambiente gótico e a chave. A chave de toda esta maravilha move-se na rigorosa e complexa teia geométrica do Pintor.

MANUELA MORAIS
Livro - TRÊS RIOS ABRAÇAM O CORAÇÃO
Capa de ESPIGA PINTO

quarta-feira, 13 de junho de 2012

SANTO ANTÓNIO

Bom dia de
SANTO ANTÓNIO

quinta-feira, 7 de junho de 2012

MANUELA MORAIS


MANUELA MORAIS
A TARTARUGA SONHADORA
Capa e 7 desenhos de ESPIGA PINTO

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A TARTARUGA SONHADORA

DOURO

O Douro é ainda o Paraíso mágico que nos maravilha os olhos, fascina a alma e revigora o coração. É a porta de encantamento para uma realidade geográfica incontornável, determinante e envolvente. O Rio Douro serpenteia através das rochas e, dos dois lados em socalcos, erguem-se altas margens de montanhas adornadas de vinhas. Tem uma paisagem verdadeiramente excepcional.
Os pequenos vales estão invadidos por oliveiras, amendoeiras e árvores de fruto.
O Douro é, sem dúvida, de uma beleza e grandiosidade únicas. Será, com certeza, o recanto mais sublime da nossa Pátria. Aqui produz-se o célebre e delicioso Vinho do Porto, perpetuando um Património ímpar: de sabor, odor e cor excepcionais. É a mais antiga Região Demarcada do Mundo, com vista panorâmica esplêndida, pela sua imponente situação privilegiada de "tecto de Portugal".
Uma verdadeira viagem no tempo mantém intacta a sacralidade e a ritualidade destas encostas deslumbrantes.
É quase impossível não ter a sensação desmedida de Lugar Celestial; belíssimas montanhas atapetadas de videiras constituem o portal de entrada para outra dimensão. A nossa imaginação dispara, consciência ou estado de Ser; parece explorar e descodificar a mensagem murmurada pelos campos, procurando estabelecer contacto com o encantamento, comungando do seu verdadeiro significado.
O Douro é Sol e Lua, amor, beleza, riqueza, sabedoria, esperança e futuro. . .
Aqui estará, sem dúvida, a projecção do Céu sobre a Terra, a imagem perfeita da correspondência entre o microcosmos e o macrocosmos, lugar consagrado e indispensável para a contemplação e "plenitude de graça" que fortalece e revigora a esperança.

MANUELA MORAIS
Livro - A TARTARUGA SONHADORA

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A TARTARUGA SONHADORA

AS MONTANHAS SÃO SAGRADAS

A Serra do Marão ergue-se dominante, o Céu repousa nas cristas das montanhas e, assim, os Deuses comunicam com os Seres da Terra.
Devemos subir às montanhas e respeitá-las, buscar o Conhecimento Universal e iniciar, nas colinas, a comunicação privilegiada com o Divino.
As enormes rochas arredondadas atestam a antiguidade e a sua imponência impressiona. O panorama é grandioso: é fascinante apreciar a paisagem sem dimensão, monumental! Maravilha permanentemente! Contemplamos, sem cessar, a majestade deste cenário. Aqui, penhascos graníticos, urzes, pinheiros, rosmaninho, giestas, esteva e animais aprendem os segredos de ler a posição das Estrelas e da Lua. O destino poderoso e misterioso destes rochedos causa deslumbramento e surpreende sem limites.
No horizonte, as imensas montanhas de granito podem estar cobertas de neve ou, dependendo da Estação, podem deixar-nos surpreendidos pela riqueza do colorido. Grandes tufos de flores brancas, amarelas e lilases agarram-se às rochas e desvendam segredos. Assim, estes verdadeiros altares de pedra mostram a sua paisagem imortal e gloriosa, apaziguando o nosso "Ser eternamente". É impossível não comungar com as montanhas, pois o cântico suave e meditativo é claramente recebido, revelado e entendido pela nossa Alma.
As montanhas são a personificação do espírito da Natureza, o pulsar vivo da própria Vida, de ressurreição e de iluminação.
A Serra do Marão é sobejamente conhecida. Aqui, viajamos com os olhos abertos e o espírito livre, tentando encontrar o caminho interior que nos mostre a realidade e faça compreender a perfeição da Tradição Primordial.

MANUELA MORAIS
Livro - A TARTARUGA SONHADORA

segunda-feira, 21 de maio de 2012

MODO DE VIDA

LUAR DE AGOSTO

- Enxota-me essas moscas, porra.
Floriano vinha azedo. Quando soube que o adubo ia subir dali a três dias, meteu-se no camião, foi carregá-lo a Chaves e deixou a arranca das batatas entregue à mulher.
Marília veio cobrir a melancia com uma rodilha.
- Vieste bem tarde.
- E antes não fosse.
- Não trazes o adubo?
- Cem cães a um osso. Trouxe areia para não perder o carreto.
- Hoje é só amoladelas, disse Marília.
- Que houve?, quis saber Floriano.
- Olha, o Silvano e o Malhão. Cheios de vinho. Pegaram-se. Foi uma arrelia tão grande que ainda vai dar uma desgraça.
- O Malhão e as brincadeiras do costume, estou mesmo a ver, disse Floriano. Marília pegou-lhe na palavra.
- Primeiro, começou por desfazer no serviço do Silvano. És um palhinhas que nem enterras os ganchos da enxada, não aguentas meia canada que ficas logo com braços de arame, envergonhas a mulher e não sustentas os filhos, nem para uma barra de sabão forras, que lá em casa anda tudo com remelas nos olhos e côdeas no nariz. (. . .)

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - MODO DE VIDA

sexta-feira, 18 de maio de 2012

SONHO ACORDADO

SONHO ACORDADO
AMÉRICO LISBOA AZEVEDO
Capa de ESPIGA PINTO

quarta-feira, 16 de maio de 2012

LIVRO DE HORAS

LIVRO DE HORAS
ILUMINADO OBLIQUAMENTE
Poesia
VÍTOR OLIVEIRA JORGE
Capa e 25 desenhos de ESPIGA PINTO

sexta-feira, 11 de maio de 2012

BRAÇOS ABRAÇADOS

BRAÇOS ABRAÇADOS
Poesia
JOSÉ RODRIGUES DIAS 
Capa - ESPIGA PINTO

quarta-feira, 2 de maio de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
JÚBILO DA SEIVA
Poesia

domingo, 29 de abril de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Do gosto do teu corpo me ficou na boca o
sabor dos frutos por amadurecer
ágeis se dobraram nos dedos os
mil e um segredos
de os colher

do som da tua voz me ficou nos ouvidos uma
breve melodia interrompida pelo
ritmo monótono da vida
imposto ao sobressalto dos sentidos

da imagem do teu rosto me ficou no olhar
a forma perfeita do teu nome
cova na areia onde cabe o mar
inacabado pão da minha fome.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - MEMÓRIA IMPERFEITA

quarta-feira, 25 de abril de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

A TURISTA DE ABRIL

Era ela.

ia em camisa descalça
e ninguém mais a sentiu.
não olhava
nem levava nada
era ela
partiu de madrugada.

andou por aí estes dias
cabisbaixa e calada.
trazia
pão num saco
e pedia
cenouras e laranjas no mercado.
como tinha um buraco no vestido e
não se penteava diziam
que era turista
ou artista do Reino Unido
não sabiam.

tinha na boca o lume inumerável de uma papoula
da Turquia ou da Tailândia
e nos dentes toda a neve da Sibéria ou da Finlândia.
ao pisar era crioula
e no bronze dos ombros
menina
latina
ou africana.
flor de tremoço da Califórnia seus olhos de Hera
e a cigana
de Granada
ali à espera
ao ler-lhe a sina
não leu nada.

andava meio nua
deu aos ombros ao polícia
que nem lhe arrancou o nome.
- "deitas as cascas na rua
vai à merda"
disse o guarda
"mata a fome
mas não sujes a cidade
a multa são dois mil paus
que puta de liberdade".

era ela.

dormia nos
degraus das primeiras escadas que
alguém lhe consentia.

era ela.

-"já foi à fava"
disse o guarda que a via
da janela
para os botões da farda.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro MEMÓRIA IMPERFEITA

segunda-feira, 23 de abril de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
ANDAMENTO
Poesia
Capa de NADIR AFONSO

domingo, 22 de abril de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
SER TORGA

quinta-feira, 19 de abril de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
SETE MEDITAÇÕES SOBRE MIGUEL TORGA

segunda-feira, 16 de abril de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
SER E LER MIGUEL TORGA

sexta-feira, 6 de abril de 2012

PÁSCOA

PÁSCOA muito feliz.
Desenho de ESPIGA PINTO

quarta-feira, 4 de abril de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

HIC HOMO JUSTUS ERAT

Entregou seu braço direito à corda dos algozes
e viu as torres do templo através dos cílios estalados

recusou o fel e ofereceu à lança seu lado cheirando
a mulher
suspendeu a cabeça do dia espiral
à sombra dos seus cabelos tilintavam dados e corria o povo

abriu ao trovão sua vazia boca redonda
jazendo ao alto um corvo sacudiu a cabeça para leste

e a noite descendo passava sozinha na cidade
como a inocência dele.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - MEMÓRIA IMPERFEITA

terça-feira, 27 de março de 2012

JOAQUIM DE BARROS FERREIRA


JOAQUIM DE BARROS FERREIRA
JARDINS SUSPENSOS
Capa de ESPIGA PINTO

quinta-feira, 22 de março de 2012

CARLOS AURÉLIO

CARLOS AURÉLIO
CONSIDERANDO OS FILÓSOFOS
Capa de ESPIGA PINTO

segunda-feira, 19 de março de 2012

MARIANA DE BRITO


MARIANA DE BRITO
ALENTEJO DE LONGE
Capa de ESPIGA PINTO

quinta-feira, 15 de março de 2012

ANTÓNIO CABRAL


ANTÓNIO CABRAL
O RIO QUE PERDEU AS MARGENS
Capa de ESPIGA PINTO

terça-feira, 13 de março de 2012

GUIDA NUNES


GUIDA NUNES
EUROPA ESCONDIDA
Capa - ESPIGA PINTO

quinta-feira, 1 de março de 2012

CONCEPCIÓN DELGADO CORRAL

CONCEPCIÓN DELGADO CORRAL
FLORBELA ESPANCA
Capa e 10 desenhos de ESPIGA PINTO

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ESPIGA Pinto


ESPIGA Pinto junto à sua Escultura, em bronze.
Palácio da Justiça de Vila Nova de Famalicão.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ESPIGA Pinto

INFORMAÇÃO
Amanhã, sexta, dia 24 de Fev., aproximadamente às 23 H,
ESPIGA PINTO vai ao Programa NICO À NOITE, na RTP 1.
É o segundo convidado de NICOLAU BREYNER.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

A FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Desmedido nas obras e nos feitos,
Deus o levou na flor da meia - idade,
Deixando para nós a saudade,
A mágoa de perdê-lo, insatisfeito.

Lá no "Assento Etéreo" dos eleitos,
Aonde mora, em plena liberdade,
Tem por missão a busca da Verdade,
Diferente da nossa, sem defeitos.

Todos os grandes génios partem cedo,
Não se moldam às tramas do degredo,
Mundo de imperfeições, corrupto e tosco.

O nosso conterrâneo, de alma eleita,
Em toda a sua essência, a mais perfeita,
Não nos deixou, está sempre connosco!

Cláudio Carneiro

sábado, 28 de janeiro de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
SER E LER MIGUEL TORGA

sábado, 21 de janeiro de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

PORCA DE MURÇA

duraremos
a eternidade circular
da sua forma ambígua e
tumular

deusa-mãe do
terror que a fé na pedra copiou
e que o musgo do tempo disfarçou

a nossa condição é o seu rito
criaturas geradas
das suas entranhas geladas
de granito


Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Livro - ANDAMENTO

domingo, 8 de janeiro de 2012

JOÃO DE DEUS RODRIGUES

Ao Poeta FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

Todo o homem nasce nu,
E traz com ele, ainda cru,
O fermento que vai levedar
O carácter que vai ter.
Com o qual, para o bem e para o mal,
Ele e a sua circunstância irão fazer,
Inevitavelmente, quaisquer que sejam
As dificuldades a vencer
E os caminhos a percorrer.

Mas o Homem não nasce ferino!
Apenas, por força do destino,
Ele torna-se um ser (im)perfeito,
No meio que o consome, constantemente,
Na busca da perfeição das coisas que na sua mente
Se vão tornando vitais e fazem sentido.
Visando melhorar o mundo dos mortais,
Em constante mutação, no qual está inserido.

E é por isso, que alguns, os predestinados,
Se vão empenhar, determinados,
Na procura de novos horizontes.
Indo ao encontro de criaturas com mentes abertas,
Que se recusaram a ser "Assinalados",
Para se tornarem, com a força do seu carácter,
E a vontade do seu crer, Ensaístas, Pensadores e Poetas.

Ilustres exegetas das palavras, que o saber outorga.
Como nos disse o Poeta Miguel Torga,
Em determinado momento,
Referindo-se ao Poeta de "Júbilo da Seiva",
Da "Memória Imperfeita" e do "Andamento".

Que tão cedo havia de deixar este mundo
Que ele queria livre, fraterno e fecundo.
Quando, para isso, no seu múnus cultural,
Lá longe, distante da terra natal,
Ensinava a língua de Camões a pensar no seu jardim.
Onde havia outras histórias de rosas para cantar,
Em sublimes versos de ouro,
Junto aos socalcos, serpenteados, do rio Douro.

Poema de JOÃO DE DEUS RODRIGUES,
do livro HOMENAGEM AO RIO SABOR
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - 2011
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

DIA DE REIS

BOM DIA DE REIS
BOAS FESTAS

domingo, 1 de janeiro de 2012

ANO NOVO

ANO NOVO MUITO FELIZ.
BOAS FESTAS.