segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
sábado, 22 de dezembro de 2018
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
Depois do AMOR
Autora - Manuela Morais
Título - Depois do AMOR (Poesia)
Prefácio - Ana Paula Fortuna
Badana - Pedro Teixeira da Mota
Contracapa - Cláudio Lima
Desenho da Capa - Emerenciano
*****
domingo, 16 de dezembro de 2018
Depois do AMOR
Manuela Morais surpreende-nos com um livrinho em que o verso fluído e livre nos conduz a uma experiência amorosa vivida nos limites da dádiva e da partilha. Amou dois homens, dois grandes artistas. Em momentos temporais diferentes mas com a mesma inteira e apaixonada entrega: o poeta e escritor Fernão de Magalhães Gonçalves e o escultor e pintor José Manuel Espiga Pinto. De ambos foi abnegada companheira, cúmplice, confidente; ambos partiram deixando-lhe o coração despedaçado: o Fernão a 8-6-1988 e o Espiga a 1-10-2014.
Os 21 poemas de Depois do AMOR, reflectem essa dupla dolorosa provação. Saudemo-los. Porque muito amou, Manuela Morais muito sofreu. Mas soube sublimar o sofrimento e a saudade através da poesia - esta que lhe brotou límpida e sentida, Depois do AMOR. Depois que. . .
"Os canários deixaram de cantar,
a Lua extinguiu o resplandecer,
o mel não tem sabor,
já não sei como se faz amor,
esqueci o paladar dos teus beijos,
falta tudo o que enchia o nosso mundo."
Cláudio Lima
domingo, 9 de dezembro de 2018
Depois do AMOR
PREFÁCIO
Ana Paula Fortuna
O amor é o sentimento mais belo que o ser humano pode experimentar, contudo defini-lo nunca é fácil. Há séculos que os poetas e os filósofos, para não referir os pintores e os escultores, se dedicam à sua definição, sem encontrar uma aceção que abranja a dimensão desse sentimento poderoso.
Atente-se no dilema de Camões num dos seus sonetos mais conhecidos que serve para ilustrar quão difícil pode ser caracterizar esse afeto, nas suas múltiplas contradições:
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Fernando Pessoa deixa patente num dos seus poemas a dificuldade que o ser humano tem em falar de amor.
(. . .)
A explicação desta mudez provocada por este sentimento tão forte está nas palavras de Leonardo Da Vinci "As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar."
O amor está ao alcance de todos, mas não cabe em qualquer coração, pois nem todos são merecedores de o guardar. Este só tem lugar em almas sensíveis, capazes de o acalentar e alimentar num crescendo de afeto, de paixão e de cumplicidade.
Manuela Morais já nos revelou, no livro Cântico ao AMOR, a sua sabedoria no tocante a este sentimento e transpô-lo nesse conjunto de poemas, desnudando a sua alma perante o leitor.
E Depois do Amor?
Depois do amor (. . .)
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
Depois do AMOR
Estes poemas belos e profundos da Manuela Morais testemunham a sua travessia dos píncaros e abismos do amor e da dor, que constituem em grande medida a vida humana regida por ciclos e marés e que nos cabe atravessar com amor e estoicismo, simplicidade e criatividade, consciência e esperança.
Os sentimentos mais humanos perpassam sentidamente por estas páginas, vividos em estado sofridos nas paisagens e ambientes iluminados pelo olhar amoroso e pela sensibilidade da Unidade que os Seres que amam desfrutam e aprofundam.
Não foi em vão que a Manuela partilhou anos de Vida com duas almas cultoras da beleza e da arte e que no amor souberam realizar epifânias perenes e substanciais e que nos comovem, nos encantam, nos impulsionam a sabermos perseverar na tradição tão portuguesa dos Fiéis do Amor.
Todos temos de deixar partir almas queridas até por fim sermos nós também a sairmos desta margem do grande rio da Vida Cósmica e a entramos pelas dimensões insuspeitadas que os Seres que se amam, na contemplação das estrelas e do olhar, por vezes intuem e comungam.
Não foi pois em vão que a Manuela foi bordando na tessitura da sua alma as Palavras ardentes da Poesia e do Amor e que certamente a fazem hoje viver com esperança e um dia em certeza, na comunhão perene dos Seres que se amam.
Possa então o Amor Divino arder e irradiar mais em nós, face a um mundo ainda tão dilacerado pelo egoísmo e o imperialismo, e que tanto necessita da poesia e do amor que as almas poéticas, sacerdotisas e amantes desabrocham em litanias e ais, bordados no coração e nos livros, irradiados nos gestos e modos de vida que harmonizam a Terra e nos inspiram no culto Fiel do Amor e do Bem…
Texto de Pedro Teixeira da Mota
Livro - Depois do AMOR
Manuela Morais
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
Pensamento
"Os que sonham de dia são conscientes de muitas coisas que escapam aqueles que sonham apenas à noite."
Edgar Allan Poe
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
Depois do AMOR
ENTREGA
Tua Mãe
deixou-te ao meu cuidado,
dizendo que partia
tranquila
porque sabia seres amado.
É verdade,
amei apaixonadamente,
senti amor intenso
a teu lado.
Entregamo-nos
totalmente
um ao outro
e ao nosso labor.
A grandeza crescente da tua Obra
é ouro da maior pureza.
Tua Alma luminosa como o Sol,
pura como diamante,
límpida como cristal,
fabulosamente radiante,
brilha,
ilumina,
entre o Céu e a Terra
faz ligação divina.
Manuela Morais
Livro - Depois do AMOR
Desenho da Capa - Emerenciano
Prefácio - Ana Paula Fortuna
Texto da Badana - Pedro Teixeira da Mota
Texto da contracapa - Cláudio Lima
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
Pensamento
"A dignidade pessoal e a honra não podem ser protegidas por outros. Devem ser zeladas pelo indivíduo em particular."
Mahatma Gandhi
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Depois do AMOR
BORDEI O TEU NOME
Bordei
a fio de ouro
teu nome
no meu coração.
Caminho na noite. . .
na escuridão,
as estrelas não brilham,
tudo é desilusão.
Lágrimas,
vazio atormentado,
saudade,
dor,
perder o elo sagrado,
o coração
dilacerado.
Depois do AMOR
Manuela Morais
sábado, 10 de novembro de 2018
terça-feira, 6 de novembro de 2018
sábado, 3 de novembro de 2018
sexta-feira, 2 de novembro de 2018
Depois do AMOR
ESCURIDÃO
Ingresso
incessantemente no turbilhão
pessoal de conflito interior
de te perder
e não poder ultrapassar a dor.
Mergulhada
na realidade
trágica,
comovedora,
aflitiva.
Anestesiada. . .
poderosos fármacos
adormecem-me
o corpo enrolado no lençol,
perco a noção das horas,
dos dias. . .
Só existe
escuridão,
sensação irrecuperável de esperança,
desânimo,
desespero de ver o barco partir
e eu inconsolável
do outro lado
do rio.
Livro - Depois do AMOR
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
sábado, 27 de outubro de 2018
Revista NOVA ÁGUIA
Apresentação
da Revista
NOVA ÁGUIA
hoje, sábado, dia 27, 15 horas,
Palacete Viscondes Balsemão
Porto
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
terça-feira, 23 de outubro de 2018
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
sábado, 13 de outubro de 2018
Fernão de Magalhães Gonçalves
MIGUEL TORGA
Toda a vida humana é uma história da infância. Biografia significa muito o gráfico de uma vida. E a biografia de Miguel Torga (pseudónimo de Adolfo Correia Rocha) conta-se em poucas linhas.
Autor de mais de cinquenta Obras de poesia, prosa e teatro publicadas desde os 21 anos, nasceu em 1907, a 12 de Agosto, dia de Santa Clara no calendário romano então vigente, em S. Martinho de Anta, Trás-os-Montes, e é do signo do Leão.
Proveniente de uma família de condição humilde, teve uma infância rural, rigorosamente primitiva e possivelmente feliz.
Enredada de desacertos e desencontros, a sua adolescência foi precocemente dura e brutal, humilhante, permanentemente instável. (. . .)
Livro - SER E LER MIGUEL TORGA
Autor - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
terça-feira, 9 de outubro de 2018
Pensamento
“Educação é o que resta depois de ter esquecido tudo o que se aprendeu na escola."
Albert Einstein
sábado, 6 de outubro de 2018
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
domingo, 23 de setembro de 2018
domingo, 16 de setembro de 2018
sábado, 15 de setembro de 2018
Fernão de Magalhães Gonçalves
talvez no instante claro em que o meu corpo no
teu corpo cortava a
ondulação litoral do teu colo este
naufrágio tenha
diluído o teu líquido olhar na espuma e
nas areias
vinha do sul com o motim dos
dedos de fogo que o suor não
apagava em
aroma desfeitos e em
saliva na
nossa pele deslizavam as palavras até ao
voo rouco da
tua respiração tranquila
era o tempo do júbilo da seiva que
subia do meu ao teu olhar sereno quando a
minha boca nos teus seios duros sentia que o
teu púbis cheirava a musgo e feno e sabia a
damascos maduros
Poema de Fernão de Magalhães Gonçalves
Livro - Antologia Poética, pág. 25
Capa e Desenhos de Tiago Manuel
quinta-feira, 13 de setembro de 2018
terça-feira, 11 de setembro de 2018
Fernão de Magalhães Gonçalves
SNOWBIRD
caminho que acaba aqui
em ti
e em mim.
no seu fim
no seu começo
(ainda não parti
e já regresso)
mas nada volta ao lugar
que nunca teve.
instante de um olhar
só ele traçou
um caminho tão breve.
brilho de luz na neve
que uma sombra de ave
apagou.
Poema de Fernão de Magalhães Gonçalves
Livro - Andamento, pág. 29
Capa de Nadir Afonso
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
Fernão de Magalhães Gonçalves
SETEMBRO
e tu que conheces o reino silencioso
das formas e dos gestos
serenamente a ti regressas da perplexidade
e sobre a areia lisa te deitas e recolhes
com as mãos postas
e os olhos rasos de esquecimento
Poema de Fernão de Magalhães Gonçalves
Livro - Andamento, pág.13
Capa de Nadir Afonso
sábado, 1 de setembro de 2018
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
domingo, 26 de agosto de 2018
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
domingo, 19 de agosto de 2018
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
segunda-feira, 13 de agosto de 2018
domingo, 12 de agosto de 2018
sábado, 11 de agosto de 2018
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
quinta-feira, 2 de agosto de 2018
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
TEMPO DO TEMPO
Não caibo neste instante nesta hora
neste dia.
Nos meus olhos montes e pinhais.
Aí me aguarda e demora
cada palavra que repetiria
aos gestos iguais.
Longe respira o mar.
Nas ondas uma a uma
a rósea pele do sol a espada nua do luar
crinas e
narinas
de rochedos de quilhas e de espuma.
Pó de caminhos maratonas e viagens
a minha história
não cabe na minha memória
transborda como um rio para as margens.
Os dedos enclavinhados na guitarra
cada vibração
em puxão
de amarra.
Parte-se-me nas artérias toda a melodia
da vida.
Igual e repetida
nenhum sentido a guia.
Poema de Fernão de Magalhães Gonçalves
Livro - Andamento, pág. 30
Capa de Nadir Afonso
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
segunda-feira, 30 de julho de 2018
sábado, 28 de julho de 2018
Pensamento
"Sê humilde para evitar o orgulho, mas voa alto para alcançar a sabedoria."
Santo Agostinho
sexta-feira, 27 de julho de 2018
quinta-feira, 26 de julho de 2018
sábado, 21 de julho de 2018
quinta-feira, 19 de julho de 2018
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