HIC HOMO JUSTUS ERAT
Entregou seu braço direito à corda dos algozes
e viu as torres do templo através dos cílios estalados
recusou o fel e ofereceu à lança seu lado cheirando
a mulher
suspendeu a cabeça do dia espiral
à sombra dos seus cabelos tilintavam dados e corria o povo
abriu ao trovão sua vazia boca redonda
jazendo ao alto um corvo sacudiu a cabeça para leste
e a noite descendo passava sozinha na cidade
como a inocência dele.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - MEMÓRIA IMPERFEITA
Eloquente e belo este poema, alusivo à época...
ResponderEliminarMaravilhoso! Retrata bem a sensibilidade deste grande poeta...
Adorei a forma como o poema está escrito.
ResponderEliminarParabéns! Escrevo poesia! Me pode visitar...
Maria Luísa