domingo, 30 de junho de 2019
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
como o primeiro momento da luz dentro do mundo
assim o nosso primeiro amor
pássaros fosforescentes nascendo disparados
das pedras e das folhas
ver-nos-emos face a face
das nossas mãos surgirá
o dia nítido sem noite
contornado de esquecimento
e um longo coro exultante
compensará o vácuo da nossa antiga imagem
diluída na memória para sempre.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Livro - ANDAMENTO
Capa de NADIR AFONSO
sábado, 29 de junho de 2019
sexta-feira, 28 de junho de 2019
terça-feira, 25 de junho de 2019
Pensamento
"Eu tenho um sonho de que um dia os meus quatro filhos vivam numa nação onde não sejam julgados pela cor da sua pele, mas pelo seu caráter."
Martin Luther King
sábado, 22 de junho de 2019
quarta-feira, 19 de junho de 2019
sexta-feira, 14 de junho de 2019
quinta-feira, 13 de junho de 2019
quarta-feira, 12 de junho de 2019
terça-feira, 11 de junho de 2019
segunda-feira, 10 de junho de 2019
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
LOST LOVE
nome no musgo do muro na
casca do carvalho sete letras invertidas
no espelho
sete vezes sete vidas jogadas e
divididas
sete cartas tiradas do baralho
nome da cor do ar em
certas horas de o olhar
com a raiva aguçada das
esporas
nome feito à unha numa
tábua da cama
com um cristo na cruz por testemunha
Poema de Fernão de Magalhães Gonçalves
Livro - Andamento, página 18
sábado, 8 de junho de 2019
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
À memória de
FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
As Minhas Lágrimas
Vesti-me de tristeza,
amargura,
solidão.
As minhas lágrimas
seguem o seu caminho sem parar.
Ver-te partir
sem poder dizer adeus,
entregar-te
a última carta
de amor
para levar.
Falavas de Poesia,
maravilhavas-me.
Escrevias Poesia,
sem igual.
Partiste
sem avisar.
Agora não tenho versos
para saborear
ao acordar.
Poema de Manuela Morais
Livro - Depois do AMOR, página 17.
sexta-feira, 7 de junho de 2019
Pensamento
“Apenas pelas palavras o ser humano alcança a compreensão mútua. Por isso, aquele que quebra a sua palavra atraiçoa toda a sociedade humana.
Montaigne
terça-feira, 4 de junho de 2019
Requiem a AGUSTINA BESSA-LUÍS
Requiem a Agustina
Em Granada, na Andaluzia, conheci e privei com Agustina Bessa-Luís.
Não seduzia, não fazia nada para agradar, sempre com o Marido a ladear-lhe a sombra. Falou dos seus livros, e com tal exaltação, que fascinou os ouvintes. Era muito breve nas palavras, a escrita ocupava as folhas A4 desde o primeiro centímetro até ao último. Escrevia à mão, sem desperdiçar uma nesga de papel.
Depois, com algum tempo, tornava-se mais extrovertida e não se importava com as fotografias que lhe tirava.
Quis saber como andava o ensino do Português por aquelas paragens, como era viver no último reduto do Rei Mouro, se ainda se ouvia os soluços de Boabdil, se as suas lágrimas ainda alimentavam os dois rios de Granada.
Agora, sinto o silêncio. . .
Fica a memória de a ter conhecido, ficam os magníficos livros que nos deixou, ficam os belos filmes que a dupla Agustina e Manoel de Oliveira realizaram, - fica a estima e a admiração.
Manuela Morais
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