vêem as neves permanentes e o mundo circular
e no fundo do teu ventre há um
rio furioso por entrar
no meu corpo te crucifico em corpo inteiro
abro as chagas do lado ponho a esponja do fel
lentamente canta caindo o sangue e
dizemos que a esponja sabe a mel
demoro nos teus seios a
avidez dos frutos sazonados
sigo o rumo das dunas dos teus ombros
os olhos nos teus olhos misturados
pátria do meu ventre e dos meus braços por
ti viajarei até ao mar não
tem regresso o caminho do teu corpo não
há segunda vez para te amar.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
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