segunda-feira, 8 de junho de 2009

RETRATOS DO ALENTEJO DE LONGE



(...) Este livro é constituído por relatos do Alentejo perdido silenciosamente na poeira dos tempos.
Costumes, superstições, crenças, vivências que vão ficando submersas na bruma, lá atrás, onde o mistério subsiste para sempre, intrínseco a um povo que viveu, amou e sofreu na planície alentejana que temperou com o seu suor, as suas lágrimas e o sangue generoso da sua gente sofrida que renasce cada dia na poesia que arranca das entranhas, como quem colhe flores orvalhadas pela manhã.
Vivências esquecidas, não obstante a força que as motivou e que, ultrapassadas, se esvaem nas recordações dos mais velhos, que nelas se refugiam desesperadamente, assustados perante os novos e incompreensíveis ventos da actualidade.
Coloquei-me na temporalidade de uma época onde a injustiça social era uma chaga que sangrava, quase sempre em silêncio mas que, por isso, não deixava de gangrenar o corpo e a alma. (...)
Capa - ESPIGA PINTO

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