O SENHOR DA TERRA QUENTE
Viva o Cardeal D. Henrique
No Inferno muitos anos
Que nos deixou Portugal
Entregue aos Castelhanos
(quadra popular)
Um frio matinal, vindo de Espanha, fustigava a Terra Quente. Manuel alimentava os animais, fortalecendo-os para as tarefas do dia que rompia negro como a alma das gentes do Pópulo. O nevoeiro cerrado escondia a esperança de encontrar um rumo e contrariar a orfandade em que se encontravam. Aquele não era como o nevoeiro do Tejo, trazido por alguma corrente quente do norte de África.
Manuel e o filho, Luiz, apresentaram-se com os bois, como de costume, à portada do Conde para ganhar a jeira. (...)
O Senhor da Terra Quente e Outros Contos, de ANTÓNIO FORTUNA
Capa - ESPIGA PINTO
António Fortuna venceu o Prémio Nacional de Poesia - Fernão de Magalhães Gonçalves
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