PREFÁCIO
Ana Paula Fortuna
O amor é o sentimento mais belo que o ser humano pode experimentar, contudo defini-lo nunca é fácil. Há séculos que os poetas e os filósofos, para não referir os pintores e os escultores, se dedicam à sua definição, sem encontrar uma aceção que abranja a dimensão desse sentimento poderoso.
Atente-se no dilema de Camões num dos seus sonetos mais conhecidos que serve para ilustrar quão difícil pode ser caracterizar esse afeto, nas suas múltiplas contradições:
Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Fernando Pessoa deixa patente num dos seus poemas a dificuldade que o ser humano tem em falar de amor.
(. . .)
A explicação desta mudez provocada por este sentimento tão forte está nas palavras de Leonardo Da Vinci "As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar."
O amor está ao alcance de todos, mas não cabe em qualquer coração, pois nem todos são merecedores de o guardar. Este só tem lugar em almas sensíveis, capazes de o acalentar e alimentar num crescendo de afeto, de paixão e de cumplicidade.
Manuela Morais já nos revelou, no livro Cântico ao AMOR, a sua sabedoria no tocante a este sentimento e transpô-lo nesse conjunto de poemas, desnudando a sua alma perante o leitor.
E Depois do Amor?
Depois do amor (. . .)
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