sábado, 15 de setembro de 2012

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

REQUIEM PELO VASCO

Entre a vida e a morte há uma membrana
transparente de
inamovível e clara fixidez
e parece sempre que nos mente o
destino que não consente
ultrapassá-la mais do que uma vez

os de coração puro insaciado que
como está escrito verão a
Deus mais cedo os
que em cada pecado precederam
o aviso e o grito da
solidão e do medo
os que na noite da angústia por nós viveram
toda a alegria que se pode ter
os que provaram que
mais vale a vida que os deuses que a criaram são
esses os que a morte prefere

e os teus filhinhos a cantar dizem
que adormeceste mal
chegaste e
que é preciso não te despertar.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

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