sábado, 7 de maio de 2011

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

dizíamos pedra e era um
sonho da
mais pura convulsão de sangue coroado dizíamos
pedra e
era um fruto no
mais alto dia do verão arrebatado

dizíamos pássaro e
eram os teus dedos na
minha mão cravados pássaro
dizíamos e
era o instante dos
teus olhos imóveis anunciados

que sombra projectam na realidade as
palavras que as coisas modificam da
evidência à verdade vai
o abismo dos
nomes que as indicam





Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES


Livro - JÚBILO DA SEIVA

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