Que poderia um homem pequeno, morredouro, Dizer a um Poeta laureado com Sonata ao Douro?... Diria, talvez, discretamente, Que juntasse um ramo de oliveira ao seu ramo de louro E ao rio com um sorriso os atirasse E deixasse que o rio para sempre a andar o cantasse, Cristalinamente, melodiosamente, Em todos os recantos sinuosos por que passasse E mais polido e puro ficasse cada ser que banhasse…
A TARTARUGA é um projecto cultural e humanista, divulga e enobrece a língua e a cultura portuguesas.
Para Platão, a inspiração poética está ligada ao entusiasmo e à posse do sentido do divino.
Para Aristóteles, a poesia, qualquer que seja o seu objecto, heróica ou satírica, e a sua forma, dramática, lírica ou épica pertence às artes de imitação. Enraizada na natureza, a poesia é o lugar de uma verdade mais filosófica e universal do que a simples exactidão histórica.
Porque a história da nossa literatura o impõe e o seu objectivo final é levar aos leitores o registo escrito do pensamento e criatividade que brotam de fontes inesgotáveis aqui estamos, cada vez mais, mostrando a nossa língua no seu melhor e demonstrando que é uma língua viva comunicante, bela e com uma identidade inquestionável.
A essência da escrita é deliciar os leitores e os autores depois da execução lírica, captando cada instante com emoções e atraídos pela maravilhosa interpretação de palavras e imagens representadas e delineadas em cada página do livro.
Ramo de louro
ResponderEliminar(Para António Fortuna)
Que poderia um homem pequeno, morredouro,
Dizer a um Poeta laureado com Sonata ao Douro?...
Diria, talvez, discretamente,
Que juntasse um ramo de oliveira ao seu ramo de louro
E ao rio com um sorriso os atirasse
E deixasse que o rio para sempre a andar o cantasse,
Cristalinamente, melodiosamente,
Em todos os recantos sinuosos por que passasse
E mais polido e puro ficasse cada ser que banhasse…
Évora, 2010-11-23
José Rodrigues Dias
Parabéns!
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