domingo, 27 de junho de 2010

FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES

FOZ DO ARELHO

areias esquecidas adunadas
branco perfil do corpo azul do mar
tanta gaivota ergue voo
deste tempo de aroma respirado
como as ondas logo acabam e as
areias paradas tanto esperam
um futuro igual ao seu passado

areias esquecidas adunadas
tanta ansiedade se apaga nos seus grãos
molhados de cristal
tanto sonho nascido
perdido
nestas conchinhas dobradas

areias esquecidas adunadas

tanta hora aqui fecha os olhos para sempre
tanta caravela pronta aqui não está
tantas ninfas e poetas não assistem
tanta mensagem nunca partirá
tantas ilhas e sonhos não existem.

Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO

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