POR DIZER O NOME
por dizer o nome e profanar o verbo
por invocar o amor sob sagrado
por roubar o fruto reservado
por dizer o nome e acordar a forma
por invadir o silêncio com um sabre
por violar a inocência do orgasmo
por dizer o nome e abusar da boca
por tomar as mãos como dois símbolos
por perfilar os desejos dois a dois
por dizer o nome e atear o fogo
eu senhor-homem morro lentamente
Poema de CLÁUDIO LIMA - Livro A FOZ DAS PALAVRAS
PRÉMIO NACIONAL DE POESIA - FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES
Capa - ESPIGA Pinto
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário