sábado, 2 de maio de 2020
Fernão de Magalhães Gonçalves
NOME DO MEU NOME
Nome do meu nome
rouca bainha de não sei que grito
puro atrito
dos teus dedos abrindo as minhas mãos
não sei se neste vazio de formas e de sons
um pássaro nasceu
ou o tempo roeu
seus ramos e pulmões
breve movimento
de cabelos
parado perfil de seios e joelhos
onde se quebra a luz deste momento.
Poema de Fernão de Magalhães Gonçalves
Livro - Andamento, pág. 14
Capa de Nadir Afonso
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