quinta-feira, 19 de junho de 2014
ANTÓNIO CABRAL
A TENTAÇÃO DE SANTO ANTÃO
Toda a poesia
é uma solidão
escrita
à janela,
o que fez
Santo Antão.
Vede-o com a nuvem
que ostensivamente
não lhe cobre
todo
o sono.
Vede-o nas ruínas
do castelo
ou na quebra
do monte,
encostado ao vento.
A nuvem
prolonga-lhe
a respiração.
Dois seios florindo
à saída
da piscina,
a cor do lume
na coxa
oferecida.
(. . .)
ANTÓNIO CABRAL
A TENTAÇÃO DE SANTO ANTÃO
Capa de ESPIGA
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