TEMPO DO TEMPO
Não caibo neste instante nesta hora
neste dia.
Nos meus olhos montes e pinhais.
Aí me aguarda e demora
cada palavra que repetiria
aos gestos iguais.
Longe respira o mar.
Nas ondas uma a uma
a rósea pele do sol a espada nua do luar
crinas e
narinas
de rochedos de quilhas e de espuma.
Pó de caminhos maratonas e viagens
a minha história
não cabe na minha memória
transborda como um rio para as margens.
Os dedos enclavinhados na guitarra
cada vibração
um puxão
de amarra.
Parte-se-me nas artérias toda a melodia
da vida.
Igual e repetida
nenhum sentido a guia.
Poema de FERNÃO DE MAGALHÃES GONÇALVES - Livro ANDAMENTO
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário