com um pouco de sol
animo a estática
estátua
da beleza
com um pouco de pasmo
plasmo o perfil
ágil e equívoco
do poema
com um pouco de mim
modelo um livro
difícil e polémico
- um apócrifo
e lavo as mãos
ganhei o dia
a disciplinar o verde
das searas
com um pouco de serenidade
aspiro a morte
na líquida evidência
dos espelhos
e morro em tronco nu
antes de o anjo chegar
CLÁUDIO LIMA - ITINERARIUM
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
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Fermento
ResponderEliminarCom um pouco do calor do teu abraço
Traço um troço do meu caminho.
Com um pouco do teu conhecer
Traço degraus no meu saber.
Com um pouco da tua simplicidade
Traço um risco no meu umbigo.
Com um pouco do teu sorriso
Traço uma flor no meu rosto.
Com um pouco de ti
Sou fermento infinito
Que floresce fora de ti.
J. Rodrigues Dias